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TEMPESTADE DE SANGUE
TEMPESTADE DE SANGUE

TEMPESTADE DE SANGUE

 

O dia amanheceu.

E todo o céu se nublou.

Era a tempestade de sangue.

Quando a guerra começou.

 

Uns animais morreram queimados.

E outros na poluição.

Isto sem se falar nas crianças.

Que catavam as migalhas do chão.

E a inocência de uma criança.

Que tentava compreender.

Ao balançar o cadáver do pai.

Que não podia se mover.

 

As bombas causam as queimadas.

E o solo pode enfraquecer.

De onde o país se torna calamidade.

Não tendo nada pra comer.

 

Não vale a pena lutar.

E nem morrer ou matar.

Pois, nessa batalha, quem sai vencedor.

É quem só quer ordenar.

É o rei da guerra que não acredita.

Em uma paz tão dourada.

E a metade do seu capital.

Investe em mísseis e em granadas.

 

Um país tão ambicioso.

Onde vai parar tamanha agressão?

Onde os homens vão para a guerra.

Conviverem com a humilhação.

São soldados que trocam a felicidade.

Por uma arma de fogo.

E põe em risco suas próprias vidas.

Por uma medalha de ouro.

 

Co tudo isso o homem se orgulha.

De aprender a marchar.

E depois vai pra guerra fardado.

Querendo a vitória alcançar.

 

 

Obra publicada na Antologia Literária As Melhores Poesias do Século. Pelas Editoras: Casa do Novo Autor de SP. E Litteris Editora do RJ. No ano de 2002

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Angélica Caldeira, poetisa e escritora




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