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O POETA OBSERVADOR
O POETA OBSERVADOR

O POETA OBSERVADOR

 

O dia amanheceu:

Tão deserto.

Tão nublado.

 

Em algumas partes do mundo.

O sol não aparesceu.

E nem flor alguma floresceu.

 

As folhas caíram ao chão.

Pela fúria de um furacão.

 

Havia marcas de destruição.

Havia pedras e solidão.

 

A chuva caiu tão forte...

Parecia se vingar.

Tantos ela levou.

E não puderam voltar.

 

Mas um novo dia chegou.

E o poeta "observou."

Que a natureza é tão pura.

Com as suas formosuras:

 

Com seus ares.

Com seus mares.

E também com seus pomares.

 

Paisagem que o Criador.

Teve o dom de criar com amor.

Nesse mundo não há um artista.

Capaz do Criador imitar.

 

Ofereceu esse presente ao homem.

Que por ambição o modificou.

Destruindo a Natureza.

Hoje pouco foi o que restou.

 

Esse pouco que restou.

Talvez possamos consertar.

Pois lembrem-se que esta riqueza.

Também pode um dia findar.

 

 

Obra publicada na Antologia Literária De Pessoa Pra Pessoa. Pela Litteris Editora do RJ. No ano de 2010

Autora da poesia: Angélica Caldeira

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Angélica Caldeira, poetisa e escritora




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